sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Poema - Profano

Sou órfão,
joguete das circunstâncias
em promiscuidade consensualmente violado.
Sou anômalo,
força fecunda atrofiada em carne
a marca da sífilis em necrose cármica.
Sou ódio criador,
matéria decomposta em ebulição,
rasguei o véu de chumbo que me atava ao mundano.
Sou amargurado e desvairado,
rasguei a seda da moral que me amarrava,
espalhei a SIDA do meu corpo profanado!

sábado, 10 de janeiro de 2015

Poema - Infante

Infante

Carne crua, invólucro de fezes...
refluxo.
Matéria flagelada
não se mexe...
Morte encefálica.

Carcaça adornada com o brilho metálico das varejeiras!

Carne morta, invólucro de vermes...
fluxo.
Matéria degenerada
não se sente...
Morte molecular.

Ah! Cromática beleza da putrefação!