quarta-feira, 29 de março de 2017

Poema

Minha fé é na morte
A única certeza.
Meu culto é à Kali, Hel e Thánatos,
No abraço das suas asas, meu descanso.
Não há honra maior aos deuses
o autoholocausto do óvulo fecundado.


O deus dos fracos, doentes e miseráveis também cobra holocaustos
Eis o caminho impossível para perfeição:
Temor
Culpa
Resignação.
A castração do espírito.


Outra hora fortes e altivos,
jazem agora consumidos em dois mil anos de darma decadente
Induzidos ao erro pela antivida
em contradição do livre-arbítrio
O vírus do simulacro no Uno,


Yaldabaoth
Yeshua
YHWH!


Demiurgo!


Mas nos meus sonhos sou puro e orgulhoso,
Não há khristós ou pecado original
Não há infecção
Sou digno.

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